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sexta-feira, julho 01, 2016

Back to Lisbon


É sempre bom regressar a casa. Por muito que se goste do local onde estamos, sabe sempre bem regressar. A viagem foi longa, muito longa, mas quando se regressa com as baterias carregadas, sentimos que podemos dar conta de milhares de tarefas, que nos podem pedir tudo, estamos prontos para arregaçar as mangas e fazer o que há para fazer, get things done, como dizem os americanos! 



Descolar de Díli pela segunda vez deixou em mim o sentimento que lá havia de voltar. Hoje não sei. A vida dá tantas voltas que é mesmo um mistério o que pode acontecer...

Em 2009 filmei a aterragem e editei depois com uma música timorense. Não há segundas oportunidades para viver bem cada momento. Desenhar, escrever, fotografar, filmar, são auxiliares que me ajudam a preservar melhor essas memórias.


O Sudeste Asiático é isto: ilhas paradisíacas no meio do oceano! Que outra melhor ideia podemos ter da nossa vida senão esta mesmo: um paraíso a ser descoberto constantemente? Quando damos conta, aparecem pequenas maravilhas à nossa frente. Quando pensamos que já encontrámos algo valioso, há que recomeçar de novo, voltar a estar atento e olhar para tudo como se fosse a primeira vez...
Tem sido essa a lição que tenho aprendido com as minhas viagens. Quanto mais as faço, mais pequeno me sinto, mais humilde me sinto, mais encantado com o dom da vida me sinto, mais habitante de um planeta sem fronteiras me sinto.

quinta-feira, junho 30, 2016

Os timorenses


Sou casado com uma timorense, portanto, a minha opinião é completamente parcial...

Quanto mais leio sobre este povo, mais entusiasmado fico.
Quanto mais os conheço, mas intrigado fico.
Quanto mais vivo com eles, mais certezas ganho que os habitantes deste planeta deviam pensar mais no que nos aproxima do que o que nos afasta. Nós portugueses, temos uma identificação genuína, emotiva e quase inexplicável com este povo que vive do outro lado do planeta, em metade de uma ilha.

Já aqui na Europa, muito mais perto, os povos teimam em acentuar as diferenças...

Sobre o desenho: a Belinha vive no CJPAV, em Taibesse, acolhida pela Rosalina Dias. É inteligente mas tímida. De sorriso fácil, mas envergonhada. Veio para Díli à procura de uma vida melhor. Foi uma das raparigas que aprendeu a desenhar com mais facilidade. Muito concentrada...
Há pessoas inteligentes em todo o lado. Todo o lado!

quarta-feira, junho 29, 2016

Praia de pescadores



Há sítios que, por mais que tente desenhá-los, nunca vão conseguir transmitir a beleza que têm.
O desenho fica outra coisa, é certo, igualmente valiosa, mas a sensação de pisar aquele pedaço de terra (neste caso coberto de água salgada) é incomparável. 
Esta praia em Timor, escondida, ali mesmo nos arredores de Díli, só com este barco de pescadores amarrado é um desses sítios...

terça-feira, junho 28, 2016

praia de pescadores em Díli


O penúltimo dia em Timor foi dia de praia. As primeiras que se encontram são de pescadores.

Há qualquer coisa neste desenho que me leva o pensamento para a importância da honestidade e da transparência. Ser pescador é uma profissão tão relevante como qualquer outra. É mais física, mas de intelectual tem também muito. Ali, sabedoria não é académica, mas da vida, da experiência. Não é por acaso que se chamam mestres aos pescadores mais experientes que comandam o barco.

Hoje, uma amiga vai defender a tese de mestrado dela. Conseguiu. Parabéns! 
Eu continuo com a minha atrasada. Outras coisas se têm colocado à frente. O desenho, viagens, ilustrações, desafios irrecusáveis...
Mas nem toda a sabedoria é académica. A minha também é, mas não apenas. Esforço-me para colocar a sabedoria da vida em pé de igualdade com a dos livros.

segunda-feira, junho 27, 2016

Casa de Balide, Timor-Leste


Foi nesta casa de Balide que a Ketta nasceu e viveu até aos 4 anos. Foi também ali que os pais viveram até virem todos para Portugal em 1986. Foi por aquela porta que entrei pela primeira vez numa casa timorense. Estávamos em 2009 e tinham passado apenas 10 anos do referendo que deu lhes a independência da Indonésia. Lembro-me muito bem dessa primeira refeição. Comi apenas arroz e legumes. A carne era demasiado dura e à noite adormeci com fome...

Seis anos depois:
Balide, 30 de agosto de 2015
Em 2009 desenhei esta sala da casa de Balide. As horas demoravam a passar e havia tempo para descansar verdadeiramente, ler, desenhar, pensar e reflectir. Agora, em 2015, queria desenhar de novo esta sala para perceber se continuava tudo igual...

Mas não continuava. As crianças que enchiam a casa já não estavam lá. Apenas o bebé recém nascido era agora uma criança. As outras estavam todas na universidade, umas na Indonésia, outras em Timor. A mais nova, Mazi, estava agora a terminar o secundário e com planos de vir para Lisboa. Encorajei-a a dar o litro, a falar mais português e a lutar pelos seus sonhos!

É atribuída a Heráclito de Éfeso a frase: 
A mesma água nunca passa duas vezes por baixo da mesma ponte.
Não sei se é mesmo dele ou se é mito urbano, mas parece-me muito mais interessante esta outra que é mesmo dele: 
Não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós também já somos outros.

Quando penso nos filósofos gregos, lembro-me do tempo disponível que tinham para aprofundar os seus pensamentos. Que luxo! Tempo é sempre o que nos falta...
Fui à procura do meu post de 2009 sobre o desenho que fiz e descobri que reflecti exactamente sobre o tempo... 
Há viagens que nos transformam profundamente. Ir a África em 2002 foi um delas. Ir a Timor em 2009 também. Voltar lá em 2015 foi como querer entrar no mesmo rio, mas Heráclito tinha razão...

domingo, junho 26, 2016

Viagem a Ataúro


Porto de Díli, 29 de agosto de 2015
Ir a Ataúro revelou-se uma verdadeira aventura! O barco partia às 9h, mas era preciso estar no porto às 7h para garantir lugar sentado. Havia tempo para desenhar, pensei eu... pois é, mas pelas 7h45 tive de ficar com o desenho inacabado. A entrada no barco foi caótica com todos a tentarem entrar ao mesmo tempo. 2h30 de viagem com muito fumo de gasóleo e um navio completamente sobrelotado de pessoas, carros, camiões, animais, cereais, algas, lenha, etc., etc., mas com a adrenalina de visitar um novo local pela primeira vez! Ataúro é mesmo muito isolado e era para lá que se enviavam os prisioneiros. Merecia uma visita bem mais prolongada para ficar com uma opinião mais estruturada.


Foi em Ataúro que conduzi, pela segunda vez, um carro com o volante do lado direito (a primeira foi também em Timor, mas numa viagem de Maubisse para Díli). Fomos conhecer o P. Chico, italiano a viver em Timor há décadas. Tudo rápido, sem tempo porque o barco partia dali a pouco tempo, mas com uma vontade enorme de não deixar escapar o momento.

A ilha de Ataúro despertou em mim a curiosidade. Timor desperta cada vez mais! Investiguei e encontrei este vídeo sobre uma reportagem que a RTP fez em 1975, logo após o confronto entre a Fretilin e a UDT, e uns meses antes da invasão militar indonésia, por uma equipa liderada pelo jornalista Adelino Gomes. Vale a pena ver!



sábado, junho 25, 2016

Catedral de Díli


Díli não é uma cidade muito grande. Na escala do país é, mas para quem está habituado a circular em cidades maiores, é normal ficar-se com uma sensação familiar ao passarmos várias vezes nas mesmas ruas quando andamos pela cidade. Foi isso que aconteceu com a catedral de Díli. Ficava sempre a ideia de lá voltarmos para desenhar, mas os dias iam passando e parecia que era tão perto que ficava sempre para amanhã. O mesmo já tinha acontecido na viagem de 2009.

Até que um dia decidiu-se e não se voltou atrás: fomos lá, eu, a Ketta, o Matias e os P. Pedro e Marcos. 
Catedral de linhas simples, interior ainda mais simples e difícil de desenhar, a cobertura era muito bonita porque fazia lembrar as casas tradicionais timorenses. O meu desenho ficou um desastre nesse aspecto. O Matias dormia no carrinho e estava um Sol tórrido. O único local no exterior à sombra era este ponto de vista que não permite ver em condições a beleza da cobertura. Estava também com uma moleza muito grande... e ficou assim o meu desenho...

quinta-feira, junho 23, 2016

East-Timor meetings

Retomando a reportagem desenhada em Timor-Leste:


Escrevi assim no meu caderno, o resumo da conversa com o bispo de Baucau:

2º encontro do imc, agora com o bispo d. Basílio, administrador apostólico de Díli e bispo de Baucau. Muito simpático, bem disposto e com muita clarividência. Sabe o que quer para a igreja timorense e, sobretudo, para as pessoas. Foi muito curioso ouvir que o território de fronteira em Timor é mesmo a capital, com tanta gente que vem à procura de uma vida melhor e de tantas empresas turísticas e de construção a instalarem-se...


Gosto especialmente deste segundo desenho. Começou com a vista panorâmica feita a partir da capela em Tasi Tolo (três lagos) onde, em 1989, o papa João Paulo II celebrou Eucaristia quando visitou Díli durante a ocupação da Indonésia. Contou-nos um padre franciscano que, durante a homilia, João Paulo II percebeu que alguém tinha trocado o papel onde ele tinha preparado o que queria dizer aos timorenses. Não se sabe ainda como isso aconteceu, nem quem o terá feito, embora se desconfie dos serviços secretos indonésios. Quando começou a ler, deu-se conta que aquelas palavras não eram as dele... Sem dar nas vistas, dobrou o papel e começou a falar de improviso, para que as palavras fossem as certas!

Depois as reuniões continuaram e fomos visitar as irmãs Canossianas (as primeiras a chegar a Timor). Pensámos que estávamos a falar com a ir. Elisa, mas percebemos mais tarde que tinha sido a superiora delas a receber-nos: ir. Guilhermina Marçal.


- Têm de ir falar com o P. Virgílio Silva, dos Salesianos. - dizia-nos a Rosalina Dias, madrinha da Ketta e gestora do Centro Juvenil Padre António Vieira (um dos melhores locais para alguém se alojar, mesmo!), onde ficámos a dormir.
- Sim, falar com um Salesiano era bom, porque tem a experiência das escolas. - respondeu logo o P. Pedro Louro.

Fomos então. Homem muito simples, recebeu-nos quase de surpresa de muito bom grado. Falou-nos da história dos Salesianos em Timor-Leste, dos desafios que têm pela frente e da relação excelente com os padres da Indonésia. Em janeiro passado, soubemos que o papa Francisco o tinha nomeado Bispo de Díli! Excelente homem. Dará um bom bispo, de certeza.


Depois foi a vez de falarmos com os jesuítas timorenses
Trabalham em Timor desde finais do séc. XIX e o superior da região disponibilizou-se a falar connosco. Homens sábios os jesuítas, sempre. O P. Joaquim Sarmento é disso mesmo um exemplo: simples, inteligente, humilde e de bom humor. A conversa estava tão boa que o desenho ficou assim mesmo. Fechei o caderno e perdi-me nas delícias da conversa...

sábado, março 19, 2016

East-Timor meetings


A ideia mais antiga que tenho dos missionários é a do filme Missão que vi no meu 11.º ano numa aula de Português da António Arroio.

Ao fim de tantos anos, dei por mim em Timor Leste a fazer o registo desenhado das reuniões de dois missionários da Consolata (meus grandes amigos) com vários missionários em Timor, averiguando a possibilidade de irem para lá trabalhar.

Foi um privilégio acompanhá-los. Senti que estava a fazer história com estes desenhos. 
Tanto tempo depois, aqui estão eles a vir à tona...

O P. João Felgueiras é jesuíta e trabalha há mais de 40 anos em Timor. Chegou lá antes da invasão da Indonésia, manteve-se durante toda a instabilidade e ocupação sanguinária, sobreviveu quase por milagre ao massacre depois do referendo e por lá continua agora, já com 90 anos, ainda a construir escolas para que mais crianças possam estudar. Impressionante!

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Mercado de Taibessi


Desenhar acompanhado é, por vezes, um drama!

Entrámos todos no mercado de caderno na mão e as primas da Ketta perguntavam insistentemente:
"O que vamos desenhar? E como?"
Se estivesse sozinho sei o que faria, mas como gosto sempre de desenhar o que peço aos outros que desenhem, acabámos a olhar atentamente para os vários produtos das bancadas...

Sozinho ia:
- meter conversa com os vendedores e desenhá-los
- afastar-me e desenhar o mercado de longe

É assim a vida. Nem sempre temos o que desejamos...
Mas foi bom ter ido lá com as primas da Ketta. Comprámos bananas, tangerinas e mangas ao preço normal, coisa impossível se tivesse ido sozinho! :)

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Cemitério de St.ª Cruz


Este jovem chamado Sebastião Gomes foi também assassinado pelos indonésios. Não no famoso massacre de '91, mas antes. Este cemitério está lotado. Não é possível passar sem pisar algumas campas... mas também está lotado de significado da luta pela libertação de Timor-Leste...
Hoje a madrinha da Ketta contou-nos o que aconteceu e histórias de pessoas que sobreviveram como que por milagre. É duro de ouvir e o coração começa aos pulos...
21.08.2015



Não sei muito bem como falar deste massacre. Em '91 eu tinha 11 anos, mas lembro-me bem destas notícias e de tudo o que veio a seguir com Portugal inteiro a erguer-se e a fazer-se ouvir.

Estar ali, naquele cemitério e ouvir histórias da boca de quem lá esteve e sobreviveu é de estremecer as entranhas. Saber que todas as cassetes de vídeo estavam a ser confiscadas para que o mundo não soubesse o que se passava e que o jornalista australiano Max Stahl as escondeu e depois as enviou por um jesuíta para chegarem à Europa também é impressionante.

Desenhar a campa do Sebastião Gomes, o jovem que ia ser visitado pela multidão de timorenses depois de uma missa de domingo e que deu origem ao massacre foi uma experiência de silêncio ensurdecedor...

Contudo, penso que o que mais me impressiona é a forma adulta e madura como hoje os timorenses se relacionam com a Indonésia. Que capacidade esmagadora de se sobre-elevar e marcar personalidade...

sexta-feira, janeiro 22, 2016

Díli


Díli vista da estrada que segue para Maubisse. 
O aglomerado de telhados de zinco confunde-se com a vegetação e tudo parece ficar misturado e pouco perceptível...
Ataúro, ao fundo, parece, por momentos, maior do que as outras ilhas indonésias que nos rodeiam. Do lado esquerdo, o primeiro edifício alto começa a erguer-se. É o primeiro sinal de uma capital a crescer e de um país que está a mudar a uma velocidade estonteante...

20 de agosto de 2015

sábado, janeiro 16, 2016

Mariana Mendonça


Mariana Mendonça?
Que nome tão português ali do outro lado do planeta. Não só do outro lado, mas bem no interior de Timor, lá para o interior das montanhas...

Hoje em dia os casais timorenses não gostam de colocar nomes portugueses aos filhos. "Fica mal" dizem...
O filho de um dos primos da Ketta chama-se Liusembril...

- Liusembril? - Rimos e perguntámos nós. 
- Sim, não queremos um nome que já exista. Ele tem de ter um nome único, nunca antes visto."
- O que significa?
- "Liu" vem de Julho, mês de nascimento da mãe. "Sem" vem de setembro, mês de nascimento do irmão. "Bril" vem de abril, mês de nascimento do pai.
- Liusembril? - Voltámos a rir com ar de espanto...
- Nome português é que não! 

Vai assim a vida timorense...
E é assim também que, aos poucos, a cultura se vai mostrando viva, híbrida e já com menos influência dos portugueses...

[outra história deste desenho aqui]

terça-feira, janeiro 12, 2016

Mazi em Maubisse


Primeiro desenhei a margem esquerda da rua numa tentativa de guardar a loja "Bensa ao Ama" no meu caderno. 

Depois desenhei a Mazi Costa no lado direito da página. Uma das primas mais novas da Ketta que está no 11.º ano e gostava de vir estudar para Portugal. Trabalhadora incansável, estuda Ciências e Tecnologias, os irmãos estão todos a estudar na Indonésia, mas ela gostava mesmo era de vir para Lisboa...

Não contente com o resultado (o que raio me deu para colocar um olho fechado e outro aberto!?!?), decidi pedir-lhe para repetir o desenho. Sem escrúpulos, foi mesmo ali por cima das casas. Quando me irrito com os desenhos vai tudo para cima de todas as coisas...

Agora que olho para esta dupla página, vem-me à memória a manhã tranquila e solarenga que estava. O Matias de colo em colo a encantar toda a gente. Os troncos de madeira onde nos sentámos a apanhar Sol. O vendedor de cartões da Timor Telecom a tentar ganhar a vida. Um senhor velhote que passou pela rua vezes sem conta para nos ir falando repetidamente. As prateleiras quase vazias da "Bensa ao Ama". As memórias do tio Tonito. A paisagem que permanecia igual desde há seis anos atrás e, de repente, tudo passou a fazer mais sentido...

quinta-feira, janeiro 07, 2016

Maubisse

Às vezes, só repetindo o mesmo desenho passado algum tempo é que consigo dar-me conta de como estou diferente, como desenho diferente, como vejo diferente...

Maubisse, Timor-Leste, 2015

Maubisse, Timor-Leste, 2009



História completa dos dois desenhos aqui.

terça-feira, dezembro 29, 2015

crianças e o inacabado


Esta era uma página para ir sendo construída aos poucos. 
Acabou por ficar inacabada, com um espaço em branco que, agora olhando, apetece colocar lá um texto...

Está 2015 a acabar e fico com a sensação de que muitos projectos meus ficaram também inacabados...
Olho para trás e gostava de ter feito mais, esforçado mais, focado mais, intensificado mais, amado mais, agradecido mais...

Vem aí 2016 e é mesmo tempo de balanço para que o "mais" se possa concretizar!

segunda-feira, dezembro 28, 2015

Porto de Timor


No dia 14 de agosto escrevi assim no meu diário:

Não me lembrava que a zona junto ao mar era muito ventosa, pelo menos em agosto, dizem os timorenses. Desenhar a vista panorâmica de Díli não cabe apenas numa página, daí estas três vistas em continuação sempre na mesma, umas por cima das outras. Há exercícios que resultam melhor na teoria do que na prática. Este talvez não resulte mal, mas estava a ficar frio e o vento não deixava mesmo trabalhar em condições. Coloquei as cores à pressa e o resultado final não ficou nada de especial...


Agora que montei as diferentes vistas na sequência certa, de repente, parece que viajei mesmo até ao Porto de Díli. A visão panorâmica era mesmo assim alargada. Do lado esquerdo a ilha de Ataúro e depois uma imensidão de mar a contornar o lado Leste da ilha de Timor.

Há exercícios que funcionam na teoria e só mesmo quando o processo fica concluído. 
Estive mesmo para não publicar este desenho por não encontrar nele nenhum interesse, mas agora que as vistas ficaram acertadas, fico contente por ter um desenho que ganhou uma vida nova!

sábado, dezembro 26, 2015

Janaia e Jessenila


Timor, 13 de agosto de 2015

Dia de festa na paróquia de Balide, Díli, em homenagem ao primeiro pároco.
Depois da cerimónia com discursos longos e testemunhos vários, todo o pessoal se juntou no salão para o jantar típico timorense de festa e muita dança tradicional.
Enquanto esperava, a Janaia andava de roda de mim (um português com uma mulher timorense e um filho como o Matias despertam muito a atenção). Às tantas pedi-lhe para se sentar para a poder desenhar. Foi o frenesim total. Todos à volta a querer ver e um mar de crianças a pedir para serem desenhadas...
Houve tempo para a Jessenila, mas não para mais! :)

terça-feira, dezembro 22, 2015

Timor, finalmente!


Após três semanas fora de Portugal, a viagem chega finalmente a Timor.
Esta senhora estava a construir os famosos tecidos timorenses chamados de Tais. Isto era algo que há muito tempo queria ver e desenhar. 
A oficina dela era uma parte da cozinha! É incrível como os espaços se reduzem e aumentam conforme a necessidade...

Tem de haver alguma ligação entre o que vi neste dia e o facto da Ketta fazer os cadernos em casa. É que, às tantas, já não sabemos se temos um atelier em casa ou se a nossa casa é no atelier...

Deve ser do sangue timorense! :)

sexta-feira, setembro 25, 2015

Mapa asiático


Aqui está a primeira página do meu diário de viagem. 
Curiosamente, todos os desenhos de Singapura foram feitos no caderno que estava a usar e, mal acabou o Simpósio, iniciei este caderno para começar a viagem. Talvez porque sinta que estive no Simpósio em trabalho, só a partir da viagem para Banguecoque é que começou a minha viagem a 3: eu, a Ketta e o Matias.

Os bilhetes de avião foram sendo acrescentados...