Mostrar mensagens com a etiqueta 2011 INGLATERRA. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 2011 INGLATERRA. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, abril 25, 2013

25 de abril












Estive à procura de desenhos antigos para publicar hoje, dia da liberdade em Portugal.
Encontrei este, feito em Birmingham, no último dia de 2010. Não sei porque é que nunca o tinha publicado, mas por alguma razão estava à espera do dia de hoje...

Eu já nasci depois de 74 e, portanto, nunca experimentei o sangue na guelra da revolução...
Mas Inglaterra sempre foi como que um sinal de grande independência e liberdade para mim. 
Talvez porque o meu imaginário sempre favoreceu essa ideia, não sei...
Talvez porque tenha sido dos primeiros países que visitei livremente, não sei...
Talvez porque a neblina do quotidiano londrino me atraia e me apeteça desenhar, não sei...
Talvez porque a ideia de viajar seja o verdadeiro sinal de liberdade que temos. Ver coisas novas. Sem medos nem pés atrás...
Talvez porque há um mundo inteiro à nossa disposição e não faça sentido nenhum não poder sonhar em conhecê-lo, vivê-lo, desenhá-lo. Até porque ele vai continuar cá depois de nós...

Para mim, o dia de hoje, é isto mesmo: um hino ao sonho de conhecer o desconhecido!

sábado, fevereiro 19, 2011

Diário Gráfico: Inglaterra

Desenhar pessoas durante uma refeição não é tarefa fácil:

- criam uma expectativa enorme sobre o resultado final;
- desiludem-se quase sempre com o que vêem;
- não param quietas;
- estão sempre a espreitar de esguelha para o nosso caderno;
- acham-nos estranhos por estarmos a gastar tempo nisto.

Eu começo sempre por desenhar copos, pratos, travessas, comida, até que eles pensem que só quero desenhar isso. Depois é que eles começam a aparecer nas minhas páginas...

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Diário Gráfico: Inglaterra

Desenho feito no Café Rouge, mesmo junto ao Canal, no coração de Birmingham.
Estava a anoitecer e já quase não se via nada...

Concentrei-me depois no que havia para desenhar dentro do café...
É engraçado como o desenho pode servir também aqui de lição de vida. Desenhamos o que está ao nosso alcance, o que não nos foge da vista, o que não está para lá do nosso horizonte. Desenhar a partir daí é sempre um exercício de imaginação...

Também é assim nas relações. Tudo é possível quando estamos frente a frente, cara a cara, olhos nos olhos. Não há que enganar. As expressões dizem tudo... sem querer tornamo-nos transparentes, autênticos e, por isso mesmo, inspiradores de confiança...

Ferramentas para nos relacionarmos além do horizonte já existem muitas (este blogue é uma delas). A imaginação ganha largueza...

Mas não é a mesma coisa... é que não é mesmo!

domingo, fevereiro 06, 2011

Diário Gráfico: Inglaterra


Em Birmingham, mesmo no coração da cidade e ao lado do famoso Bullring, está esta catedral anglicana. O frio era tanto quanto a fila de espera pela mesa onde estava sentado - o restaurante Nando's, de origem portuguesa (consta que tem o melhor frango assado de Inglaterra). Desenhei o possível. Já não houve tempo para o transepto e para a cúpula do altar-mor.

Quando olho para este desenho recordo-me do ambiente daquele dia. Do mar de gente a entrar no Bullring, os cheiros, sons, etc, etc...

Enfim... desenhar preserva-nos a memória!

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Diário Gráfico: Inglaterra


Quando viajamos, uma das questões centrais é a diferença gastronómica.
Neste caso, as minhas ideias prévias (quem as não tem?), diziam-me que os ingleses não gostam particularmente de cozinhar, pelo que ia mentalizado para isso...

Pois é. Mas acontece que as minhas ideias prévia estavam lá bem atrás, presas no longínquo passado...
As misturas culturais levaram-me para uma riqueza incrível de paladares. Todos cozinhavam. Todos faziam parte do processo. Todos se interessavam e davam ideias.

Era esta a cozinha onde tudo acontecia. Atrás de mim, onde desenhava, estava a clássica vista para o jardim da casa. Passeavam por lá esquilos e raposas, além dos muitos pássaros.

O acto de cozinhar e de desenhar têm tanto em comum. É uma depuração, procura do essencial. É a tomada de opções. Nem sempre o produto final nos agrada mas, desde que o processo nos preencha, vale sempre a pena!

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Diário Gráfico: Inglaterra

Desde que tive uma cadeira na faculdade chamada Estudos Culturais, fiquei com curiosidade em conhecer a Universidade de Birmingham. Berço dos estudos pós-colonialistas, quis adiantar-se no tempo e estudar os efeitos da descolonização africana. Muito interessante o tema!

Quando procurei esse Departamento para ver in loco onde tudo tinha começado, deparei-me com a triste verdade das Universidades contemporâneas: por falta de viabilidade financeira do projecto, tinha encerrado portas.

É para aqui que caminhamos academicamente: o que é rentável, mesmo com pouco interesse, é o que permanece. Tudo o resto cai perante o mecanismo económico em que estamos entranhados...

sábado, janeiro 01, 2011

Fotografia: Inglaterra



Vitral da 50 High Brow St., Birmingham



2011 abre com a partilha de 13 dias em Birmingham.

Temperaturas baixas, neve, gelo and so much british accent...

Sabem aquela Inglaterra que aprendemos nos livros da escola, com os senhores de chapéu, toda a organização, pontualidade e pele branquinha? Continua lá, mas não está sozinha. O mundo inteiro está lá misturado! O mesmo mundo que mistura Lisboa é o mundo que mistura Birmingham. A única coisa que muda são os ingleses!

Com tanta mistura, temos tendência para ver tudo desfocado.
De repente, damos por nós a ver sair paquistaneses de casas vitorianas do início do séc. XX. Nas ruas cruzam-se pessoas de origens indefinidas, nascidas cá e lá. Somos atendidos por alguém atrás de uma burca e vemos uma cultura emergente e totalmente inovadora a querer fazer a sua história.

Ver desfocado é a maior desgraça que nos pode acontecer. É não perceber que o mundo já mudou. É não perceber que há um mundo e há pessoas que nele habitam por direito próprio, sem preconceitos, sem fronteiras, sem british accent...
Apenas pessoas e o mundo!